sábado, 6 de junho de 2020

Oscar Wilde


No entanto,todo homem mata aquilo que adora, Que cada um deles seja ouvido. Alguns procedem com dureza no olhar, Outros com uma palavra lisonjeira. O covarde fá-lo com um beijo, Enquanto o bravo o faz com a espada! Uns matam o próprio amor quando ainda jovens, Outros o fazem na velhice; Uns estrangulam com as mãos da luxúria, Outros com a mão de Ouro, O que é bondoso faz uso do punhal, Porque a morte assim vem mais depressa. Uns amam pouco tempo,outros demais, Uns vendem,outros compram; Alguns praticam a ação com muitas lágrimas E outros sem um suspiro,sequer: Pois todo o homem mata o objeto do seu amor E, no entanto, nem todo homem é condenado à morte.


Oscar Wilde

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