Assim dou minha carteirada de Sequelado do Rock e vou colocar as cartas na mesa com um All In: o Rock n Roll apareceu na minha vida como um agente de redenção.
Isso porque, aos 6 anos de idade fui iniciado totalmente as avessas e de forma completamente bizarra na vida sexual por parentes pervertidos e mais velhos e pelos vizinhos donde morava.
Foi assim, até meus 13 anos, mas o primeiro pedófilo com quem sofri foi um Militar do Exército, que era um amigo da minha Mãe que permitiu eu passar um final de semana na casa dele e de sua esposa para eu brincar com o cachorro que eles tinham e daí a esposa saía e o Militar abusava de mim.
E pior que tudo isso foram as HUMILHAÇÕES INFERNAIS que me arrastaram ainda criança para um Abismo de Depressão Infantil.
A intenção não é me deter nesse capítulo terrificante do meu passado, aliás, muitas coisas pesadas, como não ter onde morar, nem vou contar e sobre os abusos sexuais, os quais nunca ninguém deu a mínima e que para meu falecido pai era motivo de piadas e para minha mãe, pura invenção da minha cabeça.
Daí em meio a tantas humilhações e a total indiferença de meus pais, vi na Bíblia meu refúgio.
Com dificuldade, li assim que aprendi a ler o Eclesiastes e o Novo Testamento e Jesus foi o meu primeiro Herói.
Com o tempo, meu Guru passou a ser John Lennon.
Gostava de Jesus porque eu comparava meu sofrimento ao Dele.
Lembro também de que eu orava para D'us quando os Abusos começaram e nunca me esqueço do dia de total desespero aos 8 anos de idade no qual deitei na cama chorando e implorei para D'us ou o Diabo intervir em meu favor, pois näo aguentava mais sofrer humilhações com gozações que hoje seriam consideradas crime e creio que metaforicamente falando, até hoje no alto dos meus 50 anos, ambos, D'us e o Diabo parecem estar brigando pela minha alma atormentada.
E a música?
Fiquei anos ouvindo os vinis da coleção do meu pai que tinha de Oscar Peterson, o genial pianista de Jazz que era o disco que era diferente de tudo o que meu pai tinha à Roberto Carlos que na fase antiga, eu imitava na sala de casa quando sozinho.
Aqui um pouco de Oscar Peterson!
Daí entrei para o Judô para parar de apanhar dos predadores do edifícil onde morava.
Enfim, saí de um inferno para entrar em outro, mas esse tinha e tem uma Filosofia que hoje muito me auxilia.
Acontece que naqueles idos os treinamentos de Judô eram chamados de treinos de sacrifício, e eu treinei muito mas muito mesmo desde faixa branca, tanto que com 13 para 14 anos eu fui diagnosticado com estafa, na época não existia a palavra stress, o fato é que eu não tinha mais forças nem para ficar de pé e consegui assim, 1 mês de férias do Judô para me recuperar.
Só para resumir esse capitulo tive irmãos de suor no Judô, eu realmente fiquei mais forte fisicamente, só que o Judô e ser o melhor do mundo era o sonho que meu pai que foram bem sucedidos, mas uma parte ficou lesada pra sempre e objetivo que meu pai traçou para mim.
E por isso que acredito que dependendo de quanto você é cobrado para ser sempre Campeão especialmente pelos pais qualquer esporte deixa de ser saudável tanto que uma grande promessa dos tatames, irmão de um Campeão Olímpico, o Rogério Sampaio, se enforcou na faixa preta, meu amigo e eterno Ricardo Sampaio Cardoso, o Judô mais bonito que vi na minha vida juntamente com o de Jun Shinohara.
Tive amigo que foi fuzilado pois entrou para o crime e alguns viraram Investigadores de Polícia e destaco o Paulão que também toma remédio controlado, mas continua firme nos Shiai-jos da vida.
Sagrei-me campeão brasileiro de judô em 1989.
Porém, foi em 1982 que minha vida mudou mais uma vez porque fora lançado no Brasil uma Bandinha chamada Iron Maiden.
O disco?
The Number of The Beast que hoje chamo The Number of Crowley!
Então fica assim, muita mas muita coisa para contar.
Loucos e Loucas até daqui à pouco!
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