Então, vou esforçar-me para traduzir os pontos mais complexos de minha multifacetatada e fragmentada personalidade.
Vou fazer de conta que estou escrevendo sempre pela última vez ou como fazer como Charles Bukowski que escreveu um livro chamado "Escrever Para Não Enlouquecer!
Sendo assim, o que está ao meu alcance escrever?
O que é sensato ou não é por em palavras na altura do campeonato?
É meu dever, avisar que minhas linhas ficarão mais Sombrias e indigestas e incomuns.
Bem...pra começar, espero estar aqui atropelando minha falta de vontade de me expor mais ainda e vou me desnudar muito mais.
Sei que esse Blog tem como Norte minhas Sequelas enquanto um diletante que desde o comecinho da adolescência quando comecei a respirar as mais diferentes vertentes venenosas do Rock and Roll.
No entanto, quase não abordei parentes dando nome aos bois que muito me prejudicaram na minha jornada, e pouco mencionei minha vida no Judô.
E não seja por isso!
Existe uma parente minha que marcou minha vida de forma muito traumática e negativa.
Primeiro porque ela é mâe de um dos meus primos que abusaram sexualmente de mim.
Segundo, porque ela traiu sua irmã, minha Mãe Cecília e transou com meu falecido pai.
Se bem que, com a putaria dos dias de hoje, ninguém nem de longe vai entender o drama que eu vivi com essa história pois essa minha tia durante muitos anos fez com que eu recorrentemente ouvisse minha Mãe sofrer e reclamar comigo porque ela suspeitava que ela tinha feito sexo com meu pai.
Daí, num final de semana, na casa da esposa de meu pai eu o pressionei para que ele passasse essa história a limpo e ele me contou quase tudo.
Meu pai disse que minha tia o seduziu e depois disse que assim o fez porque não gostava e nunca gostou de sua irmã Cecilia.
Porém, esse é de fato um capìtulo aparentemente inócuo, mas para mim não.
Cresci orientado a fugir das tentativas de minha tia de tirar fotografias minhas e vi parentes também a driblando em festas, porque diziam que ela pegava as fotos e levava para uma Mãe de Santo para fazer Macumba.
E não deu outra!
Acho que foi em 1987, quando eu morava no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo participando de um Grupo de Judocas que faziam parte do chamado Projeto Futuro.
E eu treinava muito mesmo em dois períodos e treinava todos os dias com uma lenda desse esporte chamada Walter Carmona e só sei que da mesma forma que alguém maneja um martelo para derrubar uma parede, eu era cravado e enterrado no tatame todos os dias pelo Carmona que acreditava estar me preparando para ser o melhor de minha categoria no mundo.
Para resumir, me classifiquei para disputar uma Campeonato para fazer parte da Seleção Brasileira de Judô Junior e ir disputar o Campeonato Mundial de Judô no Japão.
Eu treinei loucamente para ser Campeão, só que uma semana antes de realizar minhas lutas, essa minha tia foi no Ginásio do Ibirapuera e me persuadiu para ir com ela e atravessar São Paulo para irmos na sua Mãe de Santo.
Chegamos lá e entrei numa casa simples e quando vi pela primeira e única vez a tal Macumbeira de nome Dona Bigail, tive uma péssima impressão visual dela, mas não vou descrevê-la.
E três fatos me marcaram naquela tarde:
Primeiro que minha tia, tirou de sua bolsa mais de 30 fotografias nossas.Logo, tudo o que falavam que ela tirava fotos pata levar na Macumba era verdade.
Depois ela fez um jogo de cartas pra mim, sem que eu pedisse ou quisesse, quando o que eu queria mais, era sair de lá o quanto antes.
E teoricamente a tal da Dona Bigail viu nas cartas algo e me perguntou algo que minha tia poderia muito bem ter falado previamente para ela que me perguntou se eu tinha alguma viagem próxima para o exterior.
Disse que ia lutar para ir para o Japão e a tal Mãe de Santo falou de forma peremptória que eu não iria viajar e que eu não iria conseguir fazer parte da Seleçåo Brasileira de Judó.
Aquilo mexeu demais comigo e literalmente me abalou e uma semana depois fui para o Rio de Janeiro participar da Seletiva e fui até onde constava que fui Campeão.
Isso porque, nessa Competiçåo não tinha placar, mas eu era conhecido nacionalmente no Judô e todos vieram fazer festa dizendo que eu tinha ganhado a luta e me classificado.
Mas a história não acabou aí.
Saímos meus pais e um tio que era da Marinha para almoçarmos numa Churrascaria e comemorarmos.
Quando voltamos ao local da Competição, logo vi o meu adversário e seu técnico sendo orientados pelo finado Presidente da Confederação Brasileira de Judô.
E meu adversário estava se preparando para lutar e eu percebi a movimentação toda e estufado de tanto comer, coloquei meu judogi.
Quando chamaram nossos nomes para lutarmos pela segunda vez, lembrei da Dona Bigail dizendo que eu não iria para o Japão e não me classificaria
E assim lutei com o Rogério do Estado de Goias e foi um pesadelo porque não tinha placar e no final do Campeonato , todos meus companheiros do Projeto Futuro se cassificaram e foram chamados e eu não me cassifiquei.
E assim, meu sonho de ir para o Japão, e ser Campeão Mundial sendo da Seleção Brasileira foi apagado.
Ah!Não contei!
Aliás, minhas narrtivas nunca são lineares, mas na semana anterior a tal da Dona Bigail, disse que teria que fazer um trabalho de Macumba pra mim e meu irmão que enfrentava problemas com drogas.
Só sei que a lista de coisas para o tal trabalho foi imensa e até minha tia se assustou com a quantidade de ítens.
Outra coisa: fui em vários terreiros de Umbanda depois dessa feita com a Dona Bigail e conheci muita gente que mexia com Magia , mas a pessoa mais Sinistra que conheci foi essa dita Mãe de Santo, a Dona Bigail.
Quanto a essa minha tia em questão...todos nós temos no mínimo um parente bem FDP e ela bateu todos os recordes porque não foi só eu e meus pais e irmãos que tiveram problemas com ela, mas toda a a Famíia por parte de Mãe também teve sempre problemas diversos com a minha tia e alguns a proibiram sequer de pisar na calçada da frente da casa desses parentes, a ameaçando de morte.
E depois entrei numa espiral de Depressão Fortíssima, pois treinei para ser Campeão Mundial e essa Macumba toda só me prejudicou e responsabilizo minha tia porque ela conseguiu como ninguém mudar minha trajetória no Judô.
E de tudo isso que relatei, a parte mais difícil de lidar, muitas vezes, foi com o fato de que minha Mãe Cecília passou a vida dela inteira sendo humilhada pela minha tia que, justiça seja feita, nos ajudou com alimentação por alguns anos, mas tal gesto para conosco acredito que foi sempre funcionou como uma forma dela saldar a dívida moral que minha tia sempre teve com minha Mãe que sempre ajudou minha tia e que só ela não se dá conta disso porque ela que literalmente extorquiu chantageando homens casados que consolidou o patrimônio dela.
A bem da verdade, essa ajuda que minha tia nos prestou, sempre serviu também para ela alugar o tempo e a atenção da minha Mãe para ficar falando mal de todos de nossa família e foram muitas vezes que minha Mãe chegava em casa chorando.
Bem, vou parar por aqui, porque é muito difícil colocar em palavras o que essa minha tia fez para mim e minha Mãe.
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